É importante selecionar as coisas certas a serem feitas e não podemos esquecer que muitas delas precisam ser feitas rápida e corretamente
É urgente e necessário que se encontre soluções, simplificando nossas vidas e nossos processos! Convivo com este tema desde o início da minha vida profissional, em 1985. Na oportunidade conheci um experiente supervisor de produção que dizia: "se tudo estiver certo é porque alguma coisa saiu errada". Confesso que tive alguma dificuldade para compreender que não se tratava de uma brincadeira, ao contrário, o que ele dizia em tom de brincadeira era algo a ser levado muito a sério.
Vieram as implementações de ERP's, Globalização, Reengenharia, Lean Manufacturing (Manufatura Enxuta), 6 Sigmas e quando parecia que tudo caminhava para a simplicidade dos processos, percebe-se que ocorre exatamente o contrário: processos cada vez mais complexos e complicados! Empresas apresentando dificuldades em sua administração e desempenho distante do ideal. Gasta-se mais tempo para percorrer os procedimentos complexos do que buscando resultados. Ninguém sabe quem responde pelo quê e quem decide o quê. Com tantas boas ferramentas disponíveis, deveríamos ter avançado muito mais na competitividade de nossas empresas.
É importante selecionar as coisas certas a serem feitas e não podemos esquecer que muitas delas precisam ser feitas rápida e corretamente. A solução é criar estratégias de simplificação, voltadas para a otimização dos processos e, sobretudo para novos hábitos gerenciais.
Estes hábitos gerenciais devem ser inspirados na liderança coach, do líder que treina e que valoriza a sua equipe e o processo de desenvolvimento de todos. A falta desse tipo de liderança agrava o problema. Quantos trabalhos são realizados nas organizações que servem apenas para atender o capricho de determinado executivo ou área. Uma vez, somente com a padronização dos relatórios gerenciais, economizamos centenas de horas de trabalho de uma secretária.
O modelo mental utilizado na formulação dos nossos processos também precisa ser revisto. O modelo utilizado pelos sistemas convencionais não aderem às necessidades de aumento de competitividade de nossas organizações. Os modelos convencionais nos levam rápido para lugar nenhum enquanto os sistemas competitivos priorizam o fazer a coisa certa, conduzindo-nos aos melhores resultados.
Para finalizar quero reforçar a necessidade de comemorar cada conquista. Venho utilizando nos últimos anos, a figura de um "calço" para ilustrar a importância de manter a roda da melhoria contínua sempre para um único sentido: o do desenvolvimento e crescimento.
Precisamos deixar de fazer o que não é importante e encontrar o tempo necessário para fortalecer nossas equipes.
Cláudio Morato - executivo com passagens por grandes empresas e com experiência em estruturação e gestão de processos e áreas. Engenheiro Mecânico com MBA pela FGV. Trabalhou na Otis, TRW, Giroflex, Papaiz e CBC, sempre em cargos de média e alta gerência.
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